Um tema que ganhou muita relevância é a aprovação do Open Banking. Mas o que é? Quem irá aplicar? As vantagens? O que muda?
Leia mais abaixo e saia desta matéria sabendo tudo desse assunto.
O que é Open Banking?
O Open Banking é um conjunto de regras e tecnologias que vai permitir o compartilhamento de dados e serviços de clientes entre instituições financeiras por meio da integração de seus respectivos sistemas.
O princípio fundamental do Open Banking é o consentimento do usuário, ou seja, as empresas deverão, obrigatoriamente, compartilhar informações de um cliente (seja pessoa física ou jurídica), se ele solicitar e autorizar a transmissão dos dados para outra instituição.
O Open Banking não é um aplicativo que vai permitir o compartilhamento, nem um produto.
Quais instituições irão participar?
No Brasil, apenas instituições financeiras que funcionam sob algum tipo de regulação oficial do BC poderão participar.
Sendo que as instituições financeiras classificadas como S1 (instituições que possuem porte igual ou superior a 10% do PIB ou que tenham atividade internacional relevante) e S2 (instituições de porte entre 1% e 10% do PIB) serão obrigadas a participar do Open Banking. São elas: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú, Santander, BNDES, Citibank, Credit Suisse, entre outros.
As demais instituições têm adesão voluntária ao Open Banking.
Quais são as vantagens?
O Open Banking pretende reduzir essa barreira de entrada, democratizando não só os empréstimos, mas diversos tipos de produtos financeiros, para que os bancos, fintechs, instituições de pagamentos, possam compartilhar as informações entre eles e o cliente tenha o direito de escolher qual instituição oferece as melhores condições para cada serviço financeiro.
Na prática, é como se o Open Banking permitisse que o cliente construísse seu “próprio banco”. A pessoa poderá escolher acessar crédito no banco A, que tem a melhor taxa, investimentos na corretora B, que tem baixa taxa de corretagem e cartão de crédito na fintech C, que não tem anuidade, por exemplo.
Dessa forma, segundo o BC, o Open Banking vai priorizar a experiência do cliente e a diversidade e representatividade dos participantes.
O que muda com o Open Banking?
Com o cliente tendo controle do compartilhamento de seus dados, fica muito mais fácil abrir contas e adquirir produtos e serviços em diferentes instituições ao mesmo tempo.
Os bancos tradicionais, que hoje possuem uma gama grande de produtos, precisarão investir mais na experiência do cliente, enquanto as fintechs, que hoje oferecem uma melhor experiência, precisarão aumentar o portfólio de produtos e serviços. O Open Banking vai incentivar esse equilíbrio entre os participantes do sistema financeiro.
Open Banking é seguro?
O Open Banking no Brasil funcionará sob a regulação do Banco Central. Toda e qualquer instituição participante precisará estar sob o guarda-chuva do BC.
Assim, as empresas participantes estão sujeitas a punições por parte do BC. Na prática, se alguma das instituições não seguir as regras do Open Banking ao operar nesse ambiente, o BC pode aplicar multas, excluir a empresa do Open Banking, e, no limite, decretar a falência ou liquidação da instituição. Por isso, a tendência é que todas as instituições participantes sigam as regras à risca, assim como elas seguem hoje na oferta de outros tipos de serviços.
Além disso, todo envio e recebimento de informações dentro do ecossistema do Open Banking estará protegido pela Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, que proíbe o compartilhamento de dados para instituições não participantes do Open Banking, bem como proíbe a venda de informações de consumidores para terceiros.
Ou seja, o BC é o juiz do ecossistema do Open Banking. A autoridade monetária estabelece a estrutura inicial do processo de implementação do Open Banking e aprova o conteúdo da convenção.
Portanto, a facilidade e a liberdade fazem parte do novo futuro.
Fonte: InfoMoney